Nos Terra
Ilha do Fogo: Requalificação de Salinas
A requalificação de Salinas “Piscina Natural” está orçada num montante de investimento de cerca de 150 mil contos, orçamento cofinanciado pelo Governo de Cabo Verde através do Fundo do Turismo, tendo assumida a Camara Municipal os outros 80 mil contos restantes, somando um total de 230 mil contos.

Este projeto de Ecoturismo da Piscina Natural está oraçado em cerca de 52 mil e 400 contos (476.666 Euros), financiado pela União Europeia em cerca de 75%. Iniciado no ano de 2018 garantirá maior conforto e prazer a todos os que neste lugar incrível forem curtir e passear!
O espaço a ser requalificado contará com:
- Uma área que dá acesso à estancia balnear;
- Casas de pescadores;
- Requalificação do cemitério histórico de Marcela (ampliação);
- Formação de Nadadores Salvadores;
- Estacionamento com zona de carga e descarga;
- Estacionamento para viaturas;
- Abrigos de botes;
- Ampliação da praia de mar através de demolição das rochas;
- Aumento do espaço de “areia” com pedras demolidas das rochas;
- Requalificação da Esplanada do centro multiuso;
- Criação de parques infantis de lazer;
- Estabelecimento de 1 posto de combustível;
- Oficialização e 1 guarda/vigia/zelador;
- Centro de reparação de embarcações;
- Sinalização de zonas específicas da área total;
- Asfaltagem da estrada de acesso;
- Criação de zona específica para festivais.
Opinião: Esperamos que se cumpra!
Nos Terra
Agricultura Aeropónica: Caboverdiano Hélder Silva
Hélder Silva, Cabo-verdiano inova com agricultura aeropónica, com menos 90% de água e de terra faz a introdução da aeroponia no arquipélago, uma técnica de cultivo que utiliza menos 90% de água e de terra consiste na plantação na vertical, em torres de cerca de dois metros.
Hélder Silva, 48 anos, é muito conhecido nos palcos da música em Cabo Verde por Havy H, mas agora é o rosto da introdução da aeroponia no arquipélago, uma técnica agrícola que consiste na plantação na vertical, em torres de cerca de dois metros de altura. Alface, tomate, pepino, pimentão, rúcula ou manjericão são muitos dos vegetais que saem da quinta de Hélder Silva, que introduziu em Cabo Verde a aeroponia, técnica de cultivo que utiliza menos 90% de água e de terra.

Conforme Silva, “vi só duas frases que me chamaram muito a atenção, que foram agricultura com menos 90% de água e com menos 90% de solo. Logo, eu, sendo um cabo-verdiano, disse: isto deve ser petróleo ou ouro de Cabo Verde, porque é precisamente o que não temos, nem chuvas nem água e também poucos solos agrícolas”.
Dificuldades
A parte mais difícil foi encontrar financiamento em Cabo Verde, que chegou através de um aval do Estado para crédito num banco comercial, não só para a aeroponia, mas também para construção da quinta, numa área de 1.000 metros quadrados, em São Francisco, uma aldeia a sudeste da cidade da Praia: “E a partir daí foram dois anos de muita luta, porque este projeto implementa-se em um mês, 45 dias”, disse, referindo que para a aeroponia chegou ao país um contentor com materiais, rondando os 60 mil dólares (56,5 mil euros).
A primeira plantação na quinta Afroponic Purahvida aconteceu em 02 de outubro de 2022, e desde então o agora agricultor já colheu um pouco de tudo, desde pepino, quiabo, alfaces, beterraba, brócolos, mostarda, flores, ervas aromáticas, malaguetas, salsa, coentros, couves, em dois meses que diz ser ainda experimentais, mas com produção três vezes mais rápida do que o normal e com um custo mensal de 60 mil escudos (544 euros).
“E o mais importante é que é com menos 90% de água”, insistiu o promotor, considerando que é uma grande parte da solução para Cabo Verde e para a África, com países com grandes extensões de terras, mas que sofrem com grandes períodos de seca extrema.
“É tão simples, tão fácil, porque semeia-se sentado, planta-se sentado, espera-se e colhe-se. Não há enxada, não há estrume, não há buracos, não há trabalhar no solo”, apontou, indicando que com essa tecnologia as raízes as plantas ficam no oxigénio, onde recebem os minerais puros.
“Em dois meses Cabo Verde não necessita importar nenhum legume ou verdura, porque aqui produz-se todo o tipo de vegetal, menos tubérculos”, frisou o responsável, que já coloca os produtos num supermercado na Praia e também faz entregas em casas particulares, através de um grupo numa rede social, onde também tem feito muita promoção da técnica.
Outra vantagem da aeroponia é que os produtos orgânicos podem crescer em qualquer lugar, desde o quintal, o terraço ou a varanda de casa, mas também em praças, já que utiliza menos espaço do que a agricultura convencional ou hidropónica.
Para alimentar as torres e fazer a água circular, é utilizada também muito menos energia, e neste caso é através de painéis solares, que alimentam uma bomba de aquário de 35 watts (Wh), praticamente igual a um carregador de telemóvel. Esse dispositivo só trabalha três em cada 15 minutos, totalizando 12 minutos por hora em cada uma das 100 torres, cada um ocupando dois metros quadrados, já contando o espaço para circulação.
“Com energia renovável, esta quinta não produz nenhuma pegada de CO2 [dióxido de carbono]”, orgulhou-se Hélder Silva, socorrendo-se de estudos que dão conta que os produtos têm 35% a 60% mais nutrientes e antioxidantes do que qualquer vegetal plantado no chão.
Com manutenção “quase zero” e com uma pessoa que ajuda na limpeza, a quinta foi montada em dois dias pelo promotor e pela mulher, que em casa coloca as sementes em placas fenólicas, para depois as mudas serem transferidas para as torres.
“O trabalho é mínimo. Quando começar a produzir em massa, vai precisar de pessoas para embalar, para distribuir”, perspetivou Havy H, esperando que esta ideia chegue a todo o Cabo Verde, que agora tem a primeira quinta privada em África.
“Estou a fazer a minha parte na divulgação”, garantiu, dando conta que já surgiram vários interessados na ideia, mas tudo esbarra na questão do financiamento, um dos maiores problemas apontados por quem quer iniciar algum negócio em Cabo Verde.
Hélder Silva acredita que a aeroponia é o “futuro no presente” e que daqui a cinco anos a tecnologia vai dominar a agricultura, com todos os ganhos mencionados, e muito mais, numa altura de aumento dos preços de muitos produtos essenciais, por causa da guerra na Ucrânia. Considerando-se como representante da marca norte-americana em Cabo Verde e não revendedor, Silva já instalou seis torres em casa de particulares, vincando que em pouco tempo o país pode ser autossustentável de vegetais, verduras e legumes.
Também já montou 20 estruturas nas Aldeias Infantis SOS de Assomada, em Santa Catarina de Santiago, algo que disse o deixou ainda mais feliz, porque o propósito de implementar a tecnologia no país é para ajudar os mais carenciados, baixar o preço de alimentos e fazer as pessoas alimentarem melhor. O projeto está a ter tanto sucesso que a partir deste mês a quinta vai receber visitantes do Senegal, Camarões e da Guiné-Conacri para depois a ideia ser instalada nesses países, revelou.
“Por isso é que estou a ir devagar, quero que as outras pessoas façam isso, o meu é só um ‘showroom’ para verem a tecnologia. Eu não quero ser concorrente a nenhum agricultor, a nenhum produtor”, garantiu o promotor, que leva legumes diretamente da quinta para a mesa dos cabo-verdianos.
Nos Terra
O Retrato da Pobreza em Cabo Verde
Reportagem premiada com a Menção Honrosa única do Prémio Nacional de Jornalismo de Cabo Verde.

A situação da pobreza no mundo é catastrófica! Milhões de seres humanos vivem em condições desumanas, não possuindo nem o necessário para sobreviverem.
Nós costumamos associar essa desigualdade à ignorância de nossos governantes para com os menos favorecidos de nossa sociedade, e por outro lado culpamos os mais “ricos” por esbanjarem tanto, quando poderiam dividir um pouco com os que não possuem quase nada.
O documentário não levanta a discussão sobre quem é o culpado dessa história, é apenas um retrato da desigualdade em um país tão pequeno, mas marcado por essas realidades chocantes.
Nos Terra
Chã das Caldeiras é cenário de Documentário e Filme
As lavas não levaram tudo, nem apagaram as boas lembranças de nossa memória.

São Filipe, (Inforpress) – O povoado de Chã das Caldeiras continua a ser muito procurado não só pelos turistas e cientistas, mas por outras pessoas, nomeadamente cineastas, e em 2018 foi pelo menos cenário para realização de um documentário e um filme.
O documentário sobre a população e a comunidade de Chã das Caldeiras pós erupção vulcânica de 2014, que destruiu os principais povoados, foi rodado no final de Junho, pelo Instituto Universitário de Arte, Tecnologia e Cultura do Mindelo (M_EIA) e do Instituto César Manrique (Tenerife, Ilhas Canárias) com o objectivo de “tentar dar visibilidade ao espírito de resiliência e a capacidade de renovação das vidas das pessoas de Chã das Caldeiras”, depois da erupção vulcânica.
Em finais de Novembro, Chã recebeu a equipa de gravação de uma longa-metragem narrativa “O último desejo do Vulcão”, do cineasta cabo-verdiano, natural do Fogo, Guenny K. Pires e produzida pela TxanFilm.
Além do documentário e do filme, no domínio cultura destaque ainda a implementação do projecto desenvolvido pelo M_EIA e Faculdades de Belas Artes do Porto “desenhar Chã”, que vai ser finalizado com uma publicação, da realização da exposição fotográfica do português João Abel Aboim, que regressa a Chã para rever as pessoas que fotografou em várias ocasiões.
No sector da cultura destaque ainda para a realização das várias festas tradicionais da ilha e a comemoração dos dias dos três municípios que trouxeram à ilha um leque variado de artistas e agrupamentos musicais, além de outras actividades.
JR/CP
Inforpress/Fim
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